domingo, 14 de junho de 2009

sois (em) g maior


- , ainda resiste, Nyala.

Esnobando a indiferença das pálpebras que caem para não encontrar o que agora encontram, soergue-a pelo queixo e abusa de sua retina, contraindo pupila adentro. Fá-lá-se mirar Nyala.
É muda, carregada de verbetes que os dicionários tentam calcular progressões infinitas ca la das, mas Nyala finda. Só Nyala finda, ninguém pronuncia o que Nyala impronuncia. Girau a segura, punho a dentro, hermeticamente pensa que pensa o que pensa. Girau deseja tocar Nyala. Deseja senti-la, mas seus dedos não ultrapassam o projeto de casca que finge se guardar.
Ela força o corpo dele para se desvencilhar, afasta, e, enfim o fita, laço de fita, ele a prende no iminente andar. Era uma tortura, afinal, amá-lo em cores, mal ele saberá e melhor que esqueça antes que tropece em sua profundidade magnética, 'mundo, mundo, vasto mundo'.
- . E não será, Girau, o irresistível,