sábado, 4 de julho de 2009

: há,


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como que um pedido, o sopro. delicadamente folha a folha se eriça até seus pés. os olhos cerrados só percebem a luz rarefeita deixada pelos cílios que se erguem. um chiado, o vento toca o campo com notas de pressa e sossego. o frio lhe serve de desculpa pra cravar as unhas de braços entrelaçados na pele. as rugas dos olhos que não são de idade expremem célula por célula, uma sobre a outra, apaixonadamente, fazendo da visão um limão partido, em que seus gomos são forçados a se compelir e, na desistência de se deixarem, liquefazem.

Maria, Maria, se a solidão só destila fraqueza...